quarta-feira, 8 de julho de 2009

Evolução da escrita

Esse post é acerca do capítulo:Evolução da escrita, do livro Psicogênese da língua escrita, cujas autoras são Emília Ferreiro e Ana Teberosky.


Com o convívio contínuo num ambiente letrado, a criança arrisca seus passos no mundo da escrita, em suas tentativas de escrever, imita aos adultos – nos movimentos manuais e às vezes na maneira de manusear a caneta ou o lápis.
As autoras nos deram um prévia do que inferiu-se após as pesquisas: constataram que o quão significativo é aprender o nome como o 1º texto,dado o qual foi importante ser rearfimar. E com breves comentários, afirmaram que as crianças de idade entre 3 e 4 anos, têm como característica, representar o signo de acordo com o tamanho do objeto.
Depois de uma análise sobre a escrita das crianças,com idade entre 4 e 6 anos (de classe média e de classe baixa), feita pelas autoras, foram elaborados 5 níveis, para ver como as crianças escrevem sem ajuda escolar.
No 1º nível que foi proposto,as crianças demonstram as primeiras impressões que têm da escrita, reproduz os traços típicos que percebe. Em relação à interpretação da escrita, ainda não percebe a escrita com a função de comunicação, pois vê como algo mais individual, cada um entende somente a sua produção.
Nesse mesmo ainda aparecem tentativas de correlacionar objeto referido e sua escrita, as crianças esperam que essa correspondência seja proporcional.
E há dificuldade em diferenciar as atividades de desenhar e escrever. O desenho nessa perspectiva acaba assumindo um papel de extrema importância,pois é dessa maneira que a criança vai expor suas ideias e entendimentos,ou seja é sinal de cognição. Um dos traços percebidos nessas análises, foi a escrita-modelo ser cursiva, porém a escrita-modelo também pode ser a imprensa. Outro traço que aparece é a ordem linear que podem ser notadas facilmente,mesmo com as garatujas que eles produzem.
Já no 2º nível, foi percebido que as crianças, para atribuirem significados diferentes, mudam as escritas. Ou seja, está claro para elas que, para escreverem palavras diferentes,precisam inverter as ordens das letras. Nesse nível os grafismos são mais definidos, mais aproximados das letras. Um fato observado que merece atenção é o chamado bloqueio – impossibilidade de escrever sem o modelo. Podendo este, manifestar dependência do adulto e/ou insegurança. Até aqui, vê-se que a criança respeita a exigência da quantidade de grafias e a variedade das mesmas.

O nível 3 é marcado pela tentativa de dar valor sonoro a cada uma das letras que compõem a escrita, a denominada hipotése silábica.
já o nível 4 é marcado pela transição da hipótese silábica para a fonética, período de conflitos e negociações internas.
E o nível 5 constitui o final desta evolução:a escrita alfabética.
Após esse primeiro momento, as autoras seguem com as pesquisas, muito interessantes a propósito, vale dar uma conferida.
Com esse estudo realizado, pode-se perceber que o processo de alfabetização não transcorre de modo simplório. Nem para a criança e nem para o professor pesquisador. Pois este acompanhará o desenvolvimento de seus alunos, etapa por etapa. Tarefa árdua, porém necessária, pois se não há um envolvimento do profissional com o seu trabalho, as crianças acabam sendo punidas, pois se todo o processo não for coniderado, todos os seus esforçoes serão vistos como erros apenas e não uma situação corriqueira e meio a uma construção de conhecimento.
Outra conclusão que pode se chegar, mas que já era sabido é a respeito do moldes das instituições escolares, nas quais a pré-escola é organizada de modo a atender a classe média, ou seja visa um aluno que possui ricas experiências letradas.
Um dos assuntos suscitados que merece destaque é um alerta sobre FALA x ESCRITA. Atentou-nos para a questão da escrita ser retratada como mera representação gráfica da fala, situação esta que ocorre, mas que demanda cautela,justamente a fim de evitar esse tipo de acontecimento. Deve-se evitar pois, além das regras de transição sonora, existem outras regras próprias que as crianças irão descobrindo.O vídeo a seguir nos dá uma boa dica de atividade para driblar esse possível fato:


Esse video foi escolhido pois a professora entrevistada, a todo momento marca a importância de se ter o cuidado em passar da linguagem oral para a escrita, para que não façamos da mesma, como já foi dito anteriormente, uma mera representação gráfica.

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