segunda-feira, 27 de julho de 2009

The End

Bom,amigos, estamos chegando ao final de mais um período...
E posso afirmar que a experiencia com o portfolia em formato d blog foi inovadora para mim. Assim como disse no início do período, a priori a impressao foi de panico, negação...rs mas,depois acostumei-me a ideia. Foi realmente bom não ter que ficar entregando periodicamente papéis com trabalhos... [além de tudo, é uma iniciativa ecologicamente correta!rs], e não foi somente esse o ponto positivo. O trabalho no blog serviu para aprimorar o uso de ferramentas que em breve serão muito mais comuns em sala de aula; o mundo está caminhando para isso, qualquer trabalho produzido por nós estará a disposição do mundo inteiro, talvez até por iniciativa própria do aluno produtor da ativiade,pois será algo mais corriqueiro. Mas isso são só suposições de uma mente fértil...
Fazendo uma associação entre uma corredora de maratona e ao meu desempenho nesta disciplina, acredito que eu tenha cruzado a linha de chegada. Pois percorri a rota indicada, e me adaptei rapidamente a atividade; foi uma prova cansativa, no final do percurso então, infelizmente escorreguei um pouco, perdi algumas posições, mas permaneci na luta, recuperei-me e finalizei a corrida. Mas, é preciso aprimorar sempre, afinal foi a primeira experiência, mas continuarei exercitando-me para a próxima corrida, e pretendo vir como uma das favoritas rs
 

Mapa Conceitual

Fiz uma mapa conceitual (Ausubel) para fazer uma síntese da Matéria de TAE LP I. Existe um programa para produzir este tipo de organograma, porém ainda não o achei.
Espero que esteja inteligível...
Enjoy ; )

Pesquisa

Esta apresentação de slides são dados coletados a partir de uma pesquisa que foi realizada por mim, pela Naiara e pela Lindinalva. Apesar de ter sido feita com alunos, de idade aproximada 17 anos, é importante para observamos o quão importante é a leitura, e como os alunos pesquisados percebem essa importância. Porém apesar disso, constatamos que gostar de ler não está diretamente ligado ao gosto pela disciplina de Língua Portuguesa. Conclui-se também que o incentivo ao hábito de ler se faz necessário, desde o início da alfabetização – não é um fato novo,mas que enriquece nosso discurso com dados verídicos.

Senti-me uma discípula de Emília Ferreiro fazendo essa pesquisa... hahaha.

[Em breve os slides estarão aqui disponíveis!]

quinta-feira, 9 de julho de 2009

A construção do conhecimento sobre a escrita

A aula de hoje foi baseada no texto, cujo título é homônimo ao post. Cujas autoras são Ana Teberosky e Teresa Colomer. Infelizmente a maior parte da turma, inclusive eu, não havia feito a leitura prévia, pois lemos o outro texto (postagem anterior) que estava disponível. Todavia, felizmente, os textos tinham bastante em comum, complementam-se. Devido a isso, o post a seguir são as conclusões obtidas.

As autoras iniciam apontando as crianças como construtoras de hipóteses. Situação esta, esperada, pois a leitura e a escrita também existem fora da sala de aula, e mantém contato direto conosco a todo momento. Dessa maneira, quando iniciam sua vida escolar, já possuem conhecimentos conceituais: diferencia imagem e texto.

Daí, retoma a importância que os contextos de alfabetização possuem, pois possibilitam,dentre outras coisas, que se recriem situações cotidianas para que se perceba a língua com função comunicativa.

As crianças que estão em meio de seu processo cognitivo da escrita, necessitam saber de outras questões que permeiam esse aprendizado, como por exemplo: entender o funcionamento do sistema alfabético, entender as relações entre linguagem escrita e oral...

E uma das conclusões mais importantes que aparece neste texto, e nos outros lidos, é que para a perspectiva construtivista, todo o processo de contrução do conhecimento precisa ser levado em consideração.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Evolução da escrita

Esse post é acerca do capítulo:Evolução da escrita, do livro Psicogênese da língua escrita, cujas autoras são Emília Ferreiro e Ana Teberosky.


Com o convívio contínuo num ambiente letrado, a criança arrisca seus passos no mundo da escrita, em suas tentativas de escrever, imita aos adultos – nos movimentos manuais e às vezes na maneira de manusear a caneta ou o lápis.
As autoras nos deram um prévia do que inferiu-se após as pesquisas: constataram que o quão significativo é aprender o nome como o 1º texto,dado o qual foi importante ser rearfimar. E com breves comentários, afirmaram que as crianças de idade entre 3 e 4 anos, têm como característica, representar o signo de acordo com o tamanho do objeto.
Depois de uma análise sobre a escrita das crianças,com idade entre 4 e 6 anos (de classe média e de classe baixa), feita pelas autoras, foram elaborados 5 níveis, para ver como as crianças escrevem sem ajuda escolar.
No 1º nível que foi proposto,as crianças demonstram as primeiras impressões que têm da escrita, reproduz os traços típicos que percebe. Em relação à interpretação da escrita, ainda não percebe a escrita com a função de comunicação, pois vê como algo mais individual, cada um entende somente a sua produção.
Nesse mesmo ainda aparecem tentativas de correlacionar objeto referido e sua escrita, as crianças esperam que essa correspondência seja proporcional.
E há dificuldade em diferenciar as atividades de desenhar e escrever. O desenho nessa perspectiva acaba assumindo um papel de extrema importância,pois é dessa maneira que a criança vai expor suas ideias e entendimentos,ou seja é sinal de cognição. Um dos traços percebidos nessas análises, foi a escrita-modelo ser cursiva, porém a escrita-modelo também pode ser a imprensa. Outro traço que aparece é a ordem linear que podem ser notadas facilmente,mesmo com as garatujas que eles produzem.
Já no 2º nível, foi percebido que as crianças, para atribuirem significados diferentes, mudam as escritas. Ou seja, está claro para elas que, para escreverem palavras diferentes,precisam inverter as ordens das letras. Nesse nível os grafismos são mais definidos, mais aproximados das letras. Um fato observado que merece atenção é o chamado bloqueio – impossibilidade de escrever sem o modelo. Podendo este, manifestar dependência do adulto e/ou insegurança. Até aqui, vê-se que a criança respeita a exigência da quantidade de grafias e a variedade das mesmas.

O nível 3 é marcado pela tentativa de dar valor sonoro a cada uma das letras que compõem a escrita, a denominada hipotése silábica.
já o nível 4 é marcado pela transição da hipótese silábica para a fonética, período de conflitos e negociações internas.
E o nível 5 constitui o final desta evolução:a escrita alfabética.
Após esse primeiro momento, as autoras seguem com as pesquisas, muito interessantes a propósito, vale dar uma conferida.
Com esse estudo realizado, pode-se perceber que o processo de alfabetização não transcorre de modo simplório. Nem para a criança e nem para o professor pesquisador. Pois este acompanhará o desenvolvimento de seus alunos, etapa por etapa. Tarefa árdua, porém necessária, pois se não há um envolvimento do profissional com o seu trabalho, as crianças acabam sendo punidas, pois se todo o processo não for coniderado, todos os seus esforçoes serão vistos como erros apenas e não uma situação corriqueira e meio a uma construção de conhecimento.
Outra conclusão que pode se chegar, mas que já era sabido é a respeito do moldes das instituições escolares, nas quais a pré-escola é organizada de modo a atender a classe média, ou seja visa um aluno que possui ricas experiências letradas.
Um dos assuntos suscitados que merece destaque é um alerta sobre FALA x ESCRITA. Atentou-nos para a questão da escrita ser retratada como mera representação gráfica da fala, situação esta que ocorre, mas que demanda cautela,justamente a fim de evitar esse tipo de acontecimento. Deve-se evitar pois, além das regras de transição sonora, existem outras regras próprias que as crianças irão descobrindo.O vídeo a seguir nos dá uma boa dica de atividade para driblar esse possível fato:


Esse video foi escolhido pois a professora entrevistada, a todo momento marca a importância de se ter o cuidado em passar da linguagem oral para a escrita, para que não façamos da mesma, como já foi dito anteriormente, uma mera representação gráfica.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem

Essa postagem é acerca de uma reflexão baseada no texto de Emília Ferreiro: Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem. O qual é bastante denso,mas que com calma e tentando sempre achar exemplos cotidianos para transpor as ideias e clarifica-las, consegue-se aos poucos desvendá-lo (rs).

No começo do texto, Ferreiro desperta uma questão antiga,mas ainda presente. Professores que têm a mania de colocar logo errado e encerrar o assunto, se a resposta dada pelo aluno não corresponde ao proposto. Mas, não tentam entender a lógica de raciocinio criada e seguida pelo aluno. Pois muitas das vezes, a mesma não foi posta sem uma razão envolvida.
E o processo utilizado para que o aluno chegasse àquela conclusao não deve ser ignorado pois faz parte da construção de seu conhecimento. Como foi descrito no texto, existem crianças que no início de seu desenvolvimento, fazem correspondência entre quantidade de letras e tamanho do objeto. A criança passa por etapas durante essa construção cria suas hipóteses e produz sua escrita, as quais, a priori, são vistas como "erros", mas que é tarefa dos professores compreender a "lógica interna" da resposta. Contudo, se em situações como esta, o professor somente classificar como errado, não perceber a fragilidade que se configura nesta conjuntura e não mostrar o porquê da Incoerencia da resposta, o aluno não vai compreender, só irá reproduzir o certo, sem que haja cognição nesse processo.


A autora também buscou investigar um problema envolvido no desenvolvimento da leitura e escrita: a relação entre todo e as partes que o constituem. A primeira relação estabelecida pelas crianças, a qual rege suas tentativas de leitura, é a hipótese de quantidade mínima.
Uma outra relação é feita baseada na quantidade de objetos a serem representados, mas que essa, ás vezes acaba conflitando com a hipótese de quantidade mínima.
A autora introduziu a noçao piagetiana de tematização para explicar alguns movimentos realizados pelas crianças. E o que seria tematizar?! Bom, no meu entendimento, seria usar algum conhecimento, mas sem saber o seu conceito. Por exemplo: uma criança moradora de rua,que nunca frequentou a escola, mas sabe realizar várias operações matemáticas. Esta criança saber como proceder, mas provavelmente não sabe como classificam-se os cáculos que produz.
Também há a dificuldade em coordenar o todo e partes quando as crianças procuram interpretar a escrita produzida por outra pessoa. Isso é interessante pois gera um conflito na criança, verá a estranheza dessa situação, onde a própria não consegue ler as produções alheias e vice-versa. Assim começará a questionar qual é afinal o sentido da escrita; para que e para quem escrevemos?!
Ela percebe que não está conseguindo ser entendida e muitos menos entender, isso gera conflito, uma perturbação e diante disso tem três alternativas –tal como indica Piaget: "pode-se deixa-la de lado, pode-se compensá-la localmente, ou pode-se assimilá-la (compensá-la inteiramente através de modificações no esquema assimilatório, alcançando assim um novo nível de equilibração)"
Neste processo de contrução da escrita, em alguns casos, os modelos sociais podem servir de reforços negativos ou positivos. Ou reafirmando condutas ou extinguindo-as.
E já no finalzinho de seu texto, Ferreiro aponta que deve-se refletir sobre a divisão dos conteúdos escolares, pois as mesmas estruturas lógicas que intervém no campo das noções matemáticas elemnetares aparecem também na compreensão da língua escrita.
Tendo em vista os pontos sobre a dificuldade das crianças, explanados pela autora, pode-se inferir que todas as tentativas de coordenar o todo e as partes, feita pela criança, requerem um grande esforço cognitivo, pois fazer uma negociação entre as hipóteses estabelecidas pelo aluno e as regras gramaticais, é um trabalho árduo para quem está aprendendo. È importante que o professor reconheça isso ao lidar com as dificuldades das crianças.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Práticas de Linguagem oral e alfabetização inicial na escola: Perspectiva Sociolinguistica

Na aula do dia 18/06, a discussão foi a respeito do do texto: ‘Práticas de Linguagem oral e alfabetização inicial na escola: Perspectiva Sociolinguistica", de Erik Jacobson.
Esse texto vai ao encontro com a ideia de que a escrita e a oralidade estão presentes no cotidiano da criança, mas, que entretanto, a escola muitas das vezes não valoriza esse saber. As instituições escolares são feitas sob modos burgueses, assim, os alunos que chegam a esse tipo de escola levando uma bagagem cultural diferente da que é esperada- são considerados incapazes.
Uma ideia já conhecida, mas que é proposta pelo texto, para justamente quebrar esse tipo de paradigma, é utilizar os contextos em que aqueles ditos incapazes, estejam inseridos como ponto de partida para o conhecimento institucionalizado. Não é necessário seguir uma regra. Existem muitas maneiras de introduzir as práticas de leitura e escrita,

Outra temática interessante, que a meu ver merece destaque foi sobre a relação língua e poder. O texto não tratou da realidade brasileira, mas nas relações estabelecidas, os papéis são os mesmos, na qual se deve dominar a língua dos dominantes e quem não se enquadra "é burro", e acaba sendo rotulado como incorreto. Necesita-se descontruir essa visão. Pois trata-se de duas culturas diferentes, não há a certa e nem a errada.
O seguinte poema de José de Alencar ilustra essa relação entre a língua falada pelos dominantes e a dos dominados:

"O povo que chupa o caju, a manga,
o cambucá e a jaboticaba
pode falar uma lingua com igual pronúncia
e o mesmo espírito do povo
que sorve o figo, a pêra, o damasco e a nêspera?"



Ainda nessa dinâmica de rotulação, existem aqueles professores os quais não conseguem lidar com as dificuldades de seus alunos, e acabam classificando-os como incapazes, e às vezes veem patologias ontem não têm. Sempre culpabilizando as crianças, abstendo-se de sua responsabilidade. Todavia, cabe ao profissional selecionar atividades para promover o progresso de seus alunos. Pois, para alguns deles, fazer uma negociação entre seus conhecimentos prévios e o real, pode ser complicado e requer a atenção do professor. Já para outros, as formas de linguagem usadas em casa são similares às formas utilizadas na escola, dessa forma a negociação fica mais fácil. Infelizmente, o que mais vê-se em instiuições de ensino, é a condenação de culturas alheias a ela, dessa forma, as crianças acabam ficando meio perdidas, pois o que é ignorado e posto de lado, faz parte do que lhe constitui como indivíduo. Vê-se também o uso de "modelos do déficit", enxergam somente o que "falta", e não há a valorização dos pontos fortes de cada um.
Mediante a leitura feita e as consequentes reflexões, Jacobson propõe uma aula que diverge dos modelos atuais, uma aula ministrada com o objetivo de dar um suporte ao aluno para que o mesmo percorra seu caminho no conhecimento, que perceba o poder da linguagem, e os usos que fazemos da mesma.
A imagem ao lado representa o que foi dito anteriormente sobre a relação linguagem X poder. Se a pessoa souber se comunicar, se expressar já possui uma situação de destaque na sociedade. A forma da linguagem permite dominar e ser dominado; controlar ou ser controlado, ; relações estas que só se estabelecerão se o indivíduo não souber interpretar e ser interpretado.